Será esta a obra-prima que Tarantino sugere na cena final do filme? Provavelmente é.
Mais que um banal filme passado na Segunda Grande Guerra, Inglourious Basterds ou Sacanas sem lei, como queiram, é uma delirante realidade paralela, em que os factos não são necessariamente reais. E é precisamente esta liberdade que torna o filme absolutamente fascinante.
O primeiro dos cinco capítulos do filme, "Once upon a time in Nazi-occupied France", define o tom. Um lenhador a cortar um toco de uma árvore no meio de uma paisagem rural francesa que bem poderia pertencer às planícies do Velho Oeste (para não falar da musiquinha de fundo, um belo pastiche de Ennio Morricone).
Eis que aparece no ecrã, o "Caçador judeu", o Coronel Hans Landa (Christoph Waltz) que está a inspeccionar a área à procura de fugitivos do Holocausto.
Aqui tenho de parar para dizer que Waltz é genial a interpretar o papel de um vilão assustadoramente educado e rouba todas as cenas em que participa. Esta cena dura uns 20 minutos e prepara-nos logo para nivéis de grande sadismo.
No capítulo seguinte entra em cena o grupo dos "basterds" e aí começa a festa...
Se no filme anterior de Tarantino, Death Proof, os diálogos serviam apenas para "encher chouriços", em Sacanas sem lei, criam cenas de pura tensão maravilhosamente executadas (a cena da tasca merece ser vista várias vezes!).
Os dialogos são de tal forma fascinantes que fazem com que as 2 horas e meia de filme passem num ápice, ao melhor estilo que o mestre de Pulp Fiction nos habituou.
Em suma, é uma brutal, sádica, audaciosa, triunfante peça de cinema que nos atinge com mais força que um taco de beisebol no maxilar!
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Sacana de filme!
Publicada por
Mário
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quinta-feira, setembro 03, 2009
Etiquetas: CINEMA
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